Estou dividida. Não consigo fazer-te feliz (três vezes tentei, três vezes falhei). Será que vale a pena uma quarta tentativa? Não, mais sofrimento é a última coisa que te quero proporcionar. Tenho um herói abatido à minha esquerda, e à direita tenho-te a ti. Magoado, ferido com as minhas setas negras, a afastares-te recusando outro buraco no teu dócil (e ainda partido) coração. "Mas o que é que tu queres?" - perguntas-me. Não sei, o que eu menos sei é exactamente isso, não faço a mínima ideia do que quero, e muito menos o que tenho de fazer para descobrir. Secretamente te confesso que eu espezinho e magoo, não pensando sequer nas consequências, porém tu és das pessoas que mais sabe isso (desculpa-me meu anjo perdido). Apesar de fraco continuas forte como só tu consegues ser nas piores alturas. Estás sempre com um sorriso na cara (à minha frente). Suponho que esconde as feições naturais da dor, e acredita que o teu sorriso me aquece a cada dia que passa, sempre de uma maneira diferente. É como um aquecedor da alma. Estou grata de ainda o sentir aqui ao meu ouvido, fazendo parte da minha rotina, sentir o carinho que me transmite, mas sei bem que daqui a uns tempos ele desaparece. Quem me dera que assim não o fosse. Mas é assim a vida. Tenho pena de nunca termos vivido aquele Sonho que um dia tive. Ultimamente tenho sido atacada pelo passado. De ti, nada como antes. Tudo mudou desde que parei de tentar exercer os meus (inexistentes) superpoderes e ser sincera contigo. Até podia sentir-me grata por ter sido honesta, mas de que me serve isso agora? Nada, já destruí tudo o que havia a destruir, parece até que não há forma de sair deste labirinto. Não quero sair. Agora que voltei a sentir as maravilhas que fazes às pessoas que amas, mas esquece, eu sou uma incerteza, a própria incerteza em pessoa.
26/04/2010
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