
Não sei se isto resulta. No fundo sei, e ponho as minhas mãos no fogo como esta não é de todo a solução. Trata-se da melhor forma que conseguimos arranjar para lidarmos diariamente. Mas parece não ser a melhor resposta para o nosso problema. Nosso? My bad, nunca existiu um nós apenas eu e tu. Mesmo assim aí estás tu, sempre a iludir e a atacar pela calada. Incrível o quão matreiro e sorrateiro consegues ser quando queres. Fazes-me lembrar uma raposa. Andas à "caça", e quando finalmente encontras a magistral presa (tão inocente ao ponto de voltar para ti, sabendo que a vais magoar), agarra-la com as afiadas garras que possuis. Dispensa-as, sabes bem que consegues matá-la por dentro, só com um olhar, e quando ela menos espera, já a tens sob controlo. Tempo após tempo as personagens invertem-se. Um dia eu serei a raposa e tu a pequenina e desprotegida presa. Ainda há pouco tinha protecção, o meu forte e lindo guarda-costas. Agora também ele viu quem eu era, insensível como ninguém e não conseguiu. Agora sou só eu, sem nada nem ninguém para me proteger. Percebes de imediato quem sou, basta falares comigo. Para ti basta-te um 'Olá, como tens passado?', apenas isso. E lês-me a mente melhor que ninguém, assim como tens o poder infinito da sabedoria dos meus cantos e recantos secretos. Mesmo assim, vez após vez, deixas-me aqui, sozinha e presa nos teus encantos, mas a maior parte do que me prende são enganos, mentiras e ilusões. E o pior de tudo é que tu sabes que me tens na mão. Quando consigo convencer-me que não vales nada, vejo uma luz ao fundo do túnel. Compreendo, e sinto que ainda existe esperança, pois és a mesma pessoa que me abandonou e magoou: embora divertido, sempre calmo e sereno. Um dia páro de viver no passado e começo a conjugar a vida com o presente. Quando esse dia chegar, viro-lhe as costas
1 comentário:
Vive o presente, liberta o passado, e espera o futuro.
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