domingo, 14 de outubro de 2012

coisas da vida 005

Há cerca de uma semana, toda a gente aqui em casa presumiu que algum familiar dos meus vizinhos de baixo tinha morrido, quando alguma amiga da família (dos vizinhos), saiu de um táxi aos berros, num misto de choro e gritos. Desde esse momento, a casa de baixo, e todas as outras do meu prédio e arredores não foram as mesmas até a altas horas da noite. Por vezes parecia uma reza, seguida de choros mais baixos, e depois só gritos e soluços, como se tivessem a consolar-se uns aos outros duma maneira deveras fora do normal, até serem tomadas as devidas providências. Depois disso, ficou tudo calmo.
Hoje, acordei ao som do bonito festejo que os vizinhos e o resto do pessoal deles decidiu fazer. A mesma coisa, mas desta vez com mistura de comida (muita comida) e música-que-eu-muito-adoro, e uma pitada de conversa nas escadas qué para ecoar por todos os andares e todos os vizinhos ficarem igualmente satisfeitos.
Ora bem, eu percebo que as pessoas fiquem tristes com a partida de um ente querido e queiram despedir-se  da forma que lhes parecer mais apropriada, mas gritar a pelos pulmões e soluçar ao mesmo tempo, ainda por cima às horas que decidem fazê-lo, penso que não seja a melhor técnica a ser adoptada, por isso vizinhos, por favor, não repitam a dose, nem esta noite nem nunca mais, porque já basta hoje ser domingo, para ser um péssimo dia!

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