segunda-feira, 19 de março de 2012

Talvez esta ruptura esteja ainda no início e ainda seja possível reconstruí-la com camadas grossas de papéis rasgados e deitados ao lixo, mas não me parece tão semelhante assim a uma corrente de água, que tudo leva (e a mim tudo me traz) num ápice. Estou errada, estou certa que sim, não não estou nada mesmo. Porque foges todos os dias ao exemplar que ouvi durante muito tempo com ouvidos de mercador. Não fujas borboleta do meu céu, navegante marinheira das minhas nuvens (e quem diria que proferir estas palavras doía tanto?) Se me trocas as voltas quando começo a sentir-me parte da (tua) vida, como irei sequer sobreviver a este total terramoto de pensamentos cruzados? Que coisas difíceis de perguntar a alguém quase tão fascinante quanto triste, como tu princi. Por seres ou teres-te tornado, num mar de cristal para mim, sinto-me presa ao chão, quando algo de dentro de mim tenta sair, para te aguardar em mais uma tão difícil viagem, e só aguardar mais uma vez. Sei be não ter capacidade suficiente para te seguir, a coragem fica-me em baixo e a culpa contrasta-a.
[9-novembro-2011]

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