quarta-feira, 9 de novembro de 2011

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Odeio-me a m im mesma por chorar cada vezs que te lembro comparando-te a um ser monstruoso, antónimo de tudo o que és. És, pois. Ainda nem os tempos verbais se habituaram à tua falta, o presente corre-me na língua e passa para a ponta da caneta num ápice e espeta-me a faca da inconsequente e terrível rotina. Enfrento esta separação de ti o mais breve que consigo, para ser mais rapidamente assimilada ao corpo a vacina que me injectaram quando morreste. Hoje já enfrentei demais. Amanhã um novo dia virá onde o sol vai nascer, rotineiro como só ele.

[26-setembro-2011]

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