conta-me como foi

Não estás, há já algum tempo que não estás bem (muito longe disso). Em manhãs onde o sorriso rouba o espaço à falta de carinho que sentes por ti, nesses dias eu tento que me digas, que atires dos teus lábios cor-de-cereja um pouco da tua história e o que se passa nesse teu obscuro mundo. Só tu te podes libertar, sabes? E sei que não posso fazer nada, mas inevitavelmente acabo sempre por buscar mais do que devia. Queria dar-te o mundo e dizer-te o valor que se esconde dentro de cada sorriso que envias, dentro de cada parvoíce que segredamos em fins de tarde, dentro de brincadeiras que não lembram a ninguém. Dá-me a mão, e prometo ouvir-te durante mil dias e uma noite. Fala-me desse teu mundo onde ninguém te valorizava, (muitos ainda não o fazem), diz-me as tuas mais bizarras emoções, descreve-me os teus dias por mais ordinários que te pareçam são as pérolas do meu dia, conta-me como foi.
Até que nascerá o dia, em que de mim não precisarás, e não te esconderás, só para me ver sorrir, e venerares cada carinho meu, quase como eu te faço a ti.