terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Que maravilha é passear-me convosco minhas almas. Este amplo espaço compara-se ao afecto que caminha conosco ainda que seja invisível aos nossos próprios olhos. Tantos falharam, mas pela evidência do óbvio, vocês continuam aqui, mas melhor que isso, são pedras e não falhas em mim. Ainda hoje me lembrei do aroma que inalei e da boa disposição que me transmitiram, logo pela manhã continuam estas características vincadas em vocês. Que agradável foi esta súbita aproximação sem a presença de bastidores, apenas um palco, o da vida. Onde três personagens interagem dia após dia, nesta roda de mal-entendidos. Ainda vai no primeiro acto, mas daqui a muito muito tempo, quando já não houver público para ouvir os nossos lamentos, as nossas conversas, os nossos choros de risos, as nossas parvoíces, os nossos desabafos, aqui vão estar as mesmas três personagens já debilitadas pela idade, mas sempre no coração, sempre lembrando as aventuras da juventude, cada uma individualmente especial. Pelo que passou, pelo que se passa, pelo que se há-de passar,
Obrigado*

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