Será de mim ou de ti? É dele? Não, não é de ninguém, apenas eu estou com todo aquele calor tão familiar dentro de mim, que não consigo retirar nem que tente com toda a minha força. Tento, e retento, e nada obtenho porque sei que na realidade tudo não passa de uma ilusão, de uma pala para te ignorar, para desviar o olhar de ti. De tudo o que a mim já pertenceu, aquilo que eu tanto desejo, tudo aquilo por que (ainda) sonho. Não, eu cá dentro sei que não posso continuar a enganar-me a mim própria, mas a minha outra metade diz-me que neste momento é a coisa mais acertada a fazer. Só e apenas estranho o facto de o meu consciente já quase não se lembrar e quando eu pensava estar curada reparei que o meu subconsciente é o mais importante (como sempre ouvi dizer), e só se dermos importância a ele é que vemos o que realmente nos vai na alma. E foi hoje, precisamente naquele momento que vi que és tu que me vais na alma. E que muito para além disso, tu és a minha alma. Quer eu queira, quer tu queiras, quer ele queira ou não, é a mais pura e simples realidade.