sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Sempre foste assim ou fui eu que nunca reparei o quão superficial és? Podes ir embora pela mesma porta em que entraste aqui dentro. Espera só um segundo, quem sou eu para te julgar? Ninguém, sou mais rasteira que o chão que piso porque eu, eu já fui quem és neste momento. Aliás, ainda de ti existe uma réstia em mim, mas em vez de a fazer crescer como a chama numa fogueira, decidi apagá-la de vez e deixá-la nas minhas próprias sombras abandonada. Recordo-me de tudo o que passei com eles, mas eu apenas não pertenço aqui, nunca pertenci, o que fiz foi representá-los, quando secretamente odiava e repugnava tudo o que eles são e fazem mesmo sem saber, e inocentemente escondia-o de todo o mundo. Não preciso de o fazer nunca mais, porque agora sou eu própria e não a reflexão de alguém numa bonita cara. Agora posso dizer que ajo por mim própria, que faço o que quero e não preciso de dar satisfações a quem quer que seja. Gostava de te salvar dessa confusão onde vives, da ilusão de que tanto falei e tão familiar que ela me é, mas não me posso arriscar a cair de novo no fundo do poço, por ninguém independentemente de quem seja, porque neste momento apesar de estar a ser egoísta, tenho de me preocupar comigo e com quem se preocupa não apenas com o que se vê de fora mas também com o que existe cá dentro. Talvez essa minha vontade de te ajudar seja aquela pessoa que tanto procuro que perdi algures, a falar dentro de mim, mas se a seguir a traição será o destino tenho de a ignorar por uns momentos. Desculpa pelo julgamento, mais uma vez. Espero que saibas que me mudaste um pouco mais, como todos os que no meu caminho se cruzam dia após dia.

1 comentário:

RockSye'Anne disse...

Tá lindo, nem tenho palavras.. ^^