quarta-feira, 12 de maio de 2010

Os teus olhos brilham com um verde-esmeralda enfeitiçado. Deixas saudade na menina, enquanto o teu cabelo ondula sobre o vento, ela pensa que nunca, mas nunca te deixará escapar. A menina é maluca por ti, és o seu Sol, a sua luz, a sua esperança, a cor que dá sentido à sua vida. És isso mesmo, a sua vida. Fica amuada cada vez que estupidamente não te fala, sempre que idiotamente sente a insegurança penetrar-se nas artérias e consequentemente o desejo de ser a princesa. De a olhares como de uma musa inspiradora se tratasse. Princesa, princesa, o que fazes tu.. Enquanto tu és invejada e admirada, a boneca de trapos é transparente aos olhos dos outros. Ignorada. Enganada. Estás a despedaçá-la por dentro, só a queres para uma coisa apenas. E ela não é a unica a saber disso, aliás são poucos os que não o sabem. O seu vestido branco com floreados azuis, está rasgado na baínha de tanto arrastar no chão, de tantos quilómetros, e quilómetros ter corrido por ti. Só ela sabe o que sente. Não plantes de novo a semente da insegurança em mim. À terceira vez não sei se aguento. Morrerei por dentro, serei apenas mais vazia do que já o sou (não digas que não, sei o que sou, o que represento, e tu apenas me sabes polir o coração até o deixares brilhante como verniz). Sei que já te destrocei, mas tu, nem sabes o que me fizeste e o que ultimamente andas a fazer. Afasta-te, ou vem ter comigo e dá-me tudo, tudo o que podes dar. Tudo o que alguma vez me deste. Não reconheço nada do que me contas. Não me contes e recontes o que vai acontecer conosco, eu quero que a nossa história seja escrita subtil e naturalmente. Genuína. Selvagem como me chamas. Mas principalmente, real.

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