Não te afastes, pára com este abalo. Não tens direito de me enganar, de me iludir. Vem de encontro a mim, e sê aquele rapaz que um dia vi ao meu lado. Dá-me a tua mão, promete-me que vai correr tudo bem. Espera, sou eu quem engana, mente, ilude: Sou eu quem não tem direito nenhum de te proibir de viver. Não quero que ninguém, além de mim te toque. Mas ninguém te toca, tu sim tentas tocar em alguém. Foste o meu príncipe perfeito, e sei que ainda dentro de ti existe algo dele. Esse algo ainda em mim está, nunca daqui sairá. Quero dormir contigo do meu lado, sem engano nem traição. Quero entregar-me a ti como nunca a ninguém o fiz nem farei, és único. Único com todos os pequeninos defeitos que eu tanto venero. A ti. Venero-te minha riqueza, meu porto de abrigo. Desiludiste-me, mas mais uma vez aqui vou eu tapar o Sol com a peneira e convencer-me que és para mim igual ou melhor do que eu sou para ti. Não quero que mudes, pois no momento em que isso acontecer, já não te quererei, já não te amarei. Continua assim meu pequenino. Gosto de te afagar, apesar de o negar, e vou continuar igual, com orgulho e moral.
17/04/2010
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